Mudava, então, a conjugação dos verbos. Do tempo da possibilidade para o das coisas acontecidas. Havia muito de belo. E uma mesma medida de medo.
Só que o medo já não impedia a memória, já não paralisava a ação. Ao invés de intervalos, recuos, que eram ação também.
Levaram muito tempo até chegar ao presente, aonde, mutuamente, se ultrapassavam. Ela, que seguia manca de certezas (embora capaz de clareza e conclusão). Ele, saudoso delas (de certezas. De clareza. E de conclusão).
O beijo punha-os simultâneos. Coabitavam a boca. E, no entanto, estranhavam as falas. Cada um estrangeiro do outro. Eram tão parecidos quanto um ibo e um escocês. Isto é, fundamentalmente humanos. Desentendiam-se. Aprendiam-se. Aculturavam-se um do outro. A (des)semelhança é um caminho de lentas assimilações. Mesmo entre almas uma da outra tão gêmeas.
Sua linguagem era a das correspondências. O silêncio deles, o das reverberações. Replicavam-se infinitamente e, por isso, duravam. Duravam. Duravam. Avam. Vão.
Entreguei-me aos hiatos. Nem só de continuidades vive o homem. Vida longa aos intervalos(!?)
ResponderExcluirÀs vezes me ocorre se o silêncio não seria uma espécie de luto pelos encantos que se quebraram, pelos sorrisos que, de repente, pararam.
Duelos de silêncios são sangrentos...
Qual o quê?!
ExcluirFaltam palavras diante de tantos silêncios...
Absorvo!!!
E página à página iam inventando novos mistérios, numas de tapear a eternidade, delongando-se nessa missão eterna de nos sabermos mais e melhor, pertencendo sempre.
ResponderExcluirpara uns 10 seg. depois já são coisas do passado...
ResponderExcluirabraços
Um texto que gostei de ler...na perfeição!
ResponderExcluirBeijo
Graça
O mistério da pertença:)!
ResponderExcluirExcelente.
Bjo
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ResponderExcluirDuravam... avam... vão...
ResponderExcluirDe tanto durar se vão as palavras e fica, então, apenas silêncio...
14 vezes li sua palavra. 14 vezes ela se replicou em mim.
ResponderExcluirHá de durar. Desde então e sempre.
Pousei os olhos no infinito como se quisesse encontrar alguma resposta ali deixada e nada.
ResponderExcluir- Como escolher um só destino entre tantos?
- Mendes Roberta deu de ombros...
Recitei oração ao tempo, enquanto tocava seu rosto:
"És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo tempo tempo tempo...
Compositor de destinos
Tambor de todos os rítmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo...
Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo tempo tempo tempo...
Que sejas ainda mais vivo
No som do meu estribilho
Tempo tempo tempo tempo
Ouve bem o que te digo
Tempo tempo tempo tempo...
Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Tempo tempo tempo tempo
Quando o tempo for propício
Tempo tempo tempo tempo...
De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definido
Tempo tempo tempo tempo
E eu espalhe benefícios
Tempo tempo tempo tempo...
O que usaremos prá isso
Fica guardado em sigilo
Tempo tempo tempo tempo
Apenas contigo e comigo
Tempo tempo tempo tempo...
E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo tempo tempo tempo
Não serei nem terás sido
Tempo tempo tempo tempo...
Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos
Tempo tempo tempo tempo
Num outro nível de vínculo
Tempo tempo tempo tempo...
Portanto peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo tempo tempo tempo
Nas rimas do meu estilo
Tempo tempo tempo tempo..."
Quarta é um bom dia para fazer serenatas.
Escreva, escreva, escreva.
Preciso saber notícias de mim, extensão escancarada de minha alma.
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ResponderExcluirTROCA ILUSÓRIA
ResponderExcluirTroquei um minuto por um segundo, o segundo passou num instante, o minuto demorou sessenta segundos num segundo. Feitas as contas, foi ilusória a troca.
Dei destaque ;)
http://diariodedetrasii.blogspot.pt/2012/10/canto-da-casa-marca-pessoal.html
Minha muito querida artista,
ResponderExcluirEstive em sua casa enquanto você não estava e aproveitei para revirar a sua escrivaninha. Olhei para o seu tinteiro de caveirinha e entendi o que lhe falta para que voltes à vida escrita. Tinta. Logo, na falta de tinta, cortei os pulsos para encher este pequeno frasco e espero que use o sangue que escorre de meus braços mãos e dedos como tinteiro. E, se não se importa, troquei a pena. Aquela tava meio caída.
Ass. Sua leitora e fã de carterinha de sapo e tudo, Pipa.
Apesar das imagens criadas serem um recurso poético, creio que em se tratando desta pássara, até isto poderia ser real.
ExcluirSua linguagem era a das correspondências. O silêncio deles, o das reverberações. Replicavam-se infinitamente e, por isso, duravam. Duravam. Duravam. Avam. Vão.
ResponderExcluirComo agradeço à Lídia por ter-me apresentado a você!!!
Incrível!
ResponderExcluirAdorei o seu texto! Ele é misto de poeticidade e literariedade... Aproveito para desejar um feliz 2013 e que você desvende os dias misteriosos desde ano ímpar. Abraço fraterno, Jasanf.
ResponderExcluirÉ bom encontrar blogs como o seu, onde podemos aprender alguma coisa, dou-lhe os parabéns desejo muitas felicidades, que Deus vos abençõe.
ResponderExcluirPS. Se desejar visite o Peregrino e servo, e se ainda não segue pode fazê-lo agora. Decerto vou retribuir seguido o seu blog também.
António Batalha.
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